Depois de anos de abuso de substâncias e de um relacionamento abusivo, decidi dar um tempo. Longe de todos e de tudo que eu conhecia. Longe dos meus entes queridos para descobrir como habitar meu corpo mais uma vez. A pessoa que vivia no meu corpo não se sentia como eu. Eu tinha aspirações, objetivos e motivação, mas por que estava vivendo uma vida que parecia monótona e insignificante? Eu não sabia na época que essa viagem seria a decisão que mais mudaria minha vida. Eu estaria pousando na terra lá embaixo. Não, não a Austrália, pelo menos ainda não. Eu havia chegado ao lugar mais distante que pude alcançar, a Nova Zelândia.
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Algumas pessoas lhe dirão que tiveram uma morte do ego antes de suas vidas mudarem radicalmente. Para mim, foram necessários pelo menos dois ou três momentos cruciais antes de finalmente chegar a um momento da minha vida em que mudei drasticamente para melhor.

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Finalmente aprendi como assumir a responsabilidade por minhas ações. Aprendi a me fazer perguntas profundas e dolorosas para poder ir fundo na descoberta de minhas feridas. Depois veio uma tribo de pessoas que mais tarde se tornaria minha família. Uma comunidade que soube me apoiar nesta parte da minha jornada. Encontrei líderes que me inspiraram. Pessoas que estavam fazendo o trabalho que eu adiei dolorosamente. Aprendi como descascar camadas e mais camadas da casca dura que acumulei ao longo dos anos. Eu encontrei uma garota suave, sensível, apaixonada e absolutamente durona que poderia fazer o que ela quisesse.